É tempo de encruzilhada,
de olhar para o interior,
observar as esquinas e ruelas de minha alma
do meu ser, do meu abstrato
não sei se o real existe.
É como se não soubesse se sou de mentira
se sou de verdade.
Nem sei se a verdade existe,
ou se ela é apenas a ilusão que construímos
Não consigo ter certeza de nada
Não consigo decidir qual chave abre qual porta
Nem sei se caibo em todos os lugares
Nem sei se amo todos os meus amores
Ou se odeio todos porque odeio a mim mesmo
Acho que falta coragem,
de permitir que eu seja essa Alice torta
que se agarra na porta
por medo de entrar sozinha no quarto.
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