O que é ser
poeta?
É escrever
uma poesia por dia?
É escrever
várias poesias por dia?
É ser uma
máquina de escrever versos e rimas?
É repetir
uma fórmula inventada há muitos séculos?
Ou será que
ser poeta é algo que não tem explicação?
Nunca vi um
que tivesse carteira assinada,
Mas já vi
muitos que fizeram fama internacional
E quando perguntavam:
“o que ele fazia”?
Todos
respondiam: “foi um grande poeta”!
A poesia não
encheu barriga de ninguém,
Mas
transbordou em lugares vazios de esperança.
Ela não tem
propósito, e tem.
Não tem
proposta, e tem.
É indecente e não, indigente e famosa.
Mas o que é ser poeta então?
É apenas escrever o que sentir?
Ou apenas fingir o que se senti, como já dizia Pessoa?
É demorar uma eternidade sobre algumas linhas?
É chorar sobre seus lenços as palavras do derradeiro afeto?
É rimar ou remar? É medir ou redimir?
É contar as silabas ou se sabe-se lá?
A verdadeira poesia está aqui, está ali, em qualquer lugar.
Ela não existe, mas está em toda parte.
Ela está no sonho, na dança, no olhar,
Na peça de teatro, no sorrir, no dançar
A poesia exala um cheiro forte,
Um sublime perfume doce no ar.
Ela está nos olhos de quem lê,
Nos ouvidos de quem escuta,
Nas mãos de quem escreve,
Na alma de quem sente.
Ela está, apenas está...
Basta que você a coloque lá.
Que lindo Leandro!!! Você captou o paradoxo da poesia!!!!
ResponderExcluirDanielle, obrigado pela visita e pelo comentário.
ResponderExcluirUm abraço,
Leandro