domingo, 21 de outubro de 2012

ENCONTRO E DESENCONTRO

Onde foi o desencontro? Qual foi o segundo de tempo que minha alma separou-se do meu ser? O tempo parou, mas só dentro de mim. O restante continua a se mover. Os dois sobrevivem, mas sofrem pelo apartar da essência sensorial. Ainda existe um fluxo de energia que os mantém unidos, mesmo na contracorrente que seguem. Vão em direções opostas e por isso as coisas parecem tão confusas. mas eles podem reencontrar a direção? É preciso girar um eixo interno e realinhar os ponteiros quando a bússola estiver desorientada. Os astros se revoltam sempre ao mesmo lugar. Talvez o eclipse do reencontro seja tão sombrio e doloroso quanto do desencontro. Mas, uma coisa é certa. Tão logo a alma e o ser se conectem por completo, todo o deslocamento se iniciará novamente, distanciando-se lentamente, rumo ao desconhecido, até que nos encontramos novamente. Nos encontramos modificados, alterados, diferentes. Talvez nem nos reconheçamos. Então questionamos o que queremos, quando nossa essência se parte em duas, ou mais, direções opostas. Mas, estranho é entender que essas direções opostas, na verdade, levam a um reencontro. Isso não significa que o deslocar dos astros seja simples e tranquilo. O reencontro consigo mesmo pode ser breve como as fases das lua, severo com a mudança das estações, ou tender ao infinito como a expansão do universo. Quando esse reencontro demora demais, o corpo sofre, a mente padece, a matéria perece. Mas, ainda assim parece que não é esse encontro o grande objetivo para nós. Afinal, cada encontro leva a um novo desencontro, que leva a um novo encontro. Talvez, a grande chave para decifrar o enigma dessa conexão, esteja na dança mágica das estrelas e dos corpos celestes, da qual fazemos parte, e que em pequena escala chamamos de vida. Onde estamos agora?


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