sábado, 27 de novembro de 2010

Paredes e Almas



Ouvi ruídos nas paredes

Paredes brancas, ásperas, secas.

Essas paredes gritavam, choravam.

Paredes de prédios, de casas, de muralhas.

Quem são vocês que gritam?

De quem são essas sombras,

Dos quais os corpos não mais habitam.

Caídas por debaixo de ruínas

Das inúteis paredes, das paredes cortinas.

Paredes antítese ou hipérbole

Ou com grades ou elétricas

Protetoras aprisionam inocentes.

Se as grades ressuscitassem inocentes

Inocentes não blindariam janelas, portas, paredes

Nem ouviriam ruídos de medo

Muito menos morte por armas

Muito menos porte de almas. 



(Leandro Matos)

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