Digo algo, talvez um gemido
Ruído de um louco, canto de animal
Desfigura-se a face... olhos, boca, água
Ilumina-se o espelho de um cego
Vê-se o não visível, de tão interno... eterno
Ser apenas externo, passageiro
Vida que queremos, as vezes não podemos
Perdemos, lutamos, enlouquecemos
Perdemos, lutamos, enlouquecemos
Vida, morte, universo, país, casa
O meu quarto, o medo
O meu quarto, o medo
Astronauta, coragem
Sair ou não sair?
Transcende o amor o que eu não sei dizer
Sinto algo, talvez um arrepio
De um grão de areia, pedra
De uma estrela, nebulosa
De um bêbado qualquer
Buraco negro, vomita o universo
Cai uma gota, a terra
Na imensidão do todo, o tudo é indefinível
E o eu só se torna visível
De dentro pra fora
Do egoísmo chamado personalidade
Realiza a existência, mitifica a identidade
Da estrela e do nada
Da vida pra morte
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