sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Enquanto isso no UNI...VERSO!

 
Transcende a dor o que eu não sei dizer
Digo algo, talvez um gemido
Ruído de um louco, canto de animal
Desfigura-se a face... olhos, boca, água
Ilumina-se o espelho de um cego
Vê-se o não visível, de tão interno... eterno
Ser apenas externo, passageiro
Vida que queremos, as vezes não podemos
Perdemos, lutamos, enlouquecemos
Incendiários no sexo, vivemos
Incendiados no trabalho, morremos


Vida, morte, universo, país, casa
O meu quarto, o medo
Astronauta, coragem
Sair ou não sair?
Transcende o amor o que eu não sei dizer
Sinto algo, talvez um arrepio
De um grão de areia, pedra
De uma estrela, nebulosa
De um bêbado qualquer
Buraco negro, vomita o universo
Cai uma gota, a terra
Na imensidão do todo, o tudo é indefinível
E o eu só se torna visível
De dentro pra fora
Do egoísmo chamado personalidade
Realiza a existência, mitifica a identidade
Da estrela e do nada
Da vida pra morte
Segundos de sorte.

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