Tapetes nonsenses em vestes relevantes
versam sobre vozes inocentes e corações flamejantes
Inflam cabeças e explodem mentes
E se não usam um tom tão indecente
ao menos se recusam a soletrar som repugnante
E se escondem, inteiras por debaixo dos tapetes
Escorrem temerosas feito serpentes
loucas pra dar um bote, de repente
Almejam reerguerem-se debutantes
Mas não passam de sombras demoníacas, deslumbrantes
Açoite em filhote manso, é descanso de tenente
Aquele que ergue a arma é o mais descontente
pois aquele que oferece o peito, na contracorrente
oferece também o sangue de toda sua gente.
E antes, os entes dessa terra
são mais velhos que todas as minhas memórias
Mas todos se lembram das suas cores,
das suas roupas, dos seus temores
Dos amores que esperavam nas varandas
Dos olhares que espreitavam nas janelas
Dos odores, dos sabores, dos favores
E das sombras dos esqueletos em porta retratos
Entravam pelo quarto e subiam na cama
dormiam junto com os vivos, em seus lugares
Mas, não se aqueciam
Os vivos não percebiam, às vezes se lembravam
Então os mortos voltavam
E os vivos devotavam e oravam e choravam,
pelo sangue que escorrera naquela terra
Houve um dia, em que fizeram lanternas com suas almas
E ninguém mais ficava no escuro,
Mas se assustavam com as sombras produzidas pela chama
Mas as sombras eram as suas!
Tão suas quantos as lembranças que os assustavam
Houve aqueles que apagaram a luz, e se esqueceram
Mas outros insistiram, e miraram a si mesmos
E entenderam, que eram eles aqueles mortos.
Le história(s)
Sou poeta de mim mesmo, poeta aprendiz, poeta artesão. Sou. E sei pouco. Mas sei que quero saber. Buscando sempre algo para ser. Esse blog, assim como eu demorou muito para encontrar sua identidade. E ela será com certeza mutante. Mas, ao menos será honesta. Hoje eu sou poeta!
quinta-feira, 21 de maio de 2015
domingo, 21 de setembro de 2014
Parece autoajuda, mas é mentalização
A minha felicidade não
depende do outro.
Ninguém vai ser feliz por
mim.
Ninguém vai cuidar de mim
se eu não o fizer.
Sou e estarei sempre
sozinho, mesmo que na companhia de outra pessoa.
Não é o que o outro faz
por mim que me fará feliz.
Não adianta sentir medo
antes do perigo ser real,
Não adianta eu sofrer por
algo que está além do meu poder.
Não adianta sentir raiva
pela pessoa não suprir minha expectativa.
Não existe isso da pessoa
te completar.
Não adianta você buscar no
outro a solução para preencher o seu vazio,
Porque isso não está no
outro, mas em você mesmo.
Exigir que o outro
satisfaça suas expectativas é escolher a eterna decepção,
Cada um é o que é e não
tem a obrigação de agir ou ser como você deseja.
É preciso aproveitar ao
máximo cada momento e o que as pessoas têm de melhor para oferecer, naturalmente,
sem forçar nada, ou buscar nela as ilusões criadas na sua cabeça.
Se buscar nas pessoas
apenas o que você dejesa nunca conseguirá amar alguém de verdade.
Porque nunca vai aceitar o
que elas são e tem para te oferecer.
Por que buscar a perfeição
em vez de aproveitar as diferenças e curtir os “defeitos” do outro?
Cada pessoa é única nos
seus detalhes e imperfeições. Aliás, a perfeição não existe.
Ou melhor, existe quando
nos tornamos felizes com o que temos e o que somos.
Quando buscamos a
perfeição por detalhismo, por perfeccionismo, nada nem ninguém será suficiente
para nós, pois nunca estaremos satisfeitos.
Que se exploda o medo de
perder. Nada nesse mundo é meu.
Tudo passa. Tudo acaba.
Então, não adianta
espernear e nem pirar querendo prender algo ou alguém em suas mãos.
A vida é fluxo.
Tentar controlar esse
fluxo é não aceitar a realidade e recusar as experiências da vida.
Espernear por não
conseguir algo é um desperdício de tempo e de vida.
Nada nos pertence, tudo é
emprestado temporariamente.
Então, aproveite enquanto
pode, em vez de querer aprisionar e parar o fluxo natural das coisas.
Curtir o outro sem criar
dependência.
Oferecer as mãos e não uma
algema.
Quem me amar estará sempre
por perto.
Não adianta querer
colocá-los em uma gaiola.
O ser humano é livre.
Querer aprisionar as
pessoas é se tornar escravo do medo da solidão, refém da sua própria
insegurança e falta de amor próprio.
As pessoas vêm e vão.
Mas elas sempre voltam
para o que é bom, e nunca para uma prisão.
Deixe livre, seja livre,
apenas ame.
Nada te pertence.
terça-feira, 16 de setembro de 2014
Mares em rimas
Há mar em Minas
Quando eu atravesso a Afonso Pena,
e descubro que posso voar.
Sem medo e sem penas,
Sem peso nos ossos,
Sem asas nas pernas,
Mais...
Amar em Minas,
Quando descubro o oceano
que existe em cada amor
dessas esquinas.
Há mais em Minas
É só amar
E só há mar
E amor
prosas e rimas.
Quando eu atravesso a Afonso Pena,
e descubro que posso voar.
Sem medo e sem penas,
Sem peso nos ossos,
Sem asas nas pernas,
Mais...
Amar em Minas,
Quando descubro o oceano
que existe em cada amor
dessas esquinas.
Há mais em Minas
É só amar
E só há mar
E amor
prosas e rimas.
domingo, 7 de setembro de 2014
Em noite de lua cheia
Eu
só quero estar livre dos meus fantasmas,
dominado apenas pelo descontrole dos meus instintos,
conectado ao teu corpo,
como um sopro de vento,
sobre um papel de nuvens,
de um céu de desejos,
onde a lua desliza dos teus peitos ao tornozelo.
Onde a única lei é o desejo que deserta o teu pensar,
que molha a minha boca,
arrepia as minhas costas
e se alonga quente pelas minhas mãos,
nos teus mamilos,
no meu sorriso,
suspiros...
dominado apenas pelo descontrole dos meus instintos,
conectado ao teu corpo,
como um sopro de vento,
sobre um papel de nuvens,
de um céu de desejos,
onde a lua desliza dos teus peitos ao tornozelo.
Onde a única lei é o desejo que deserta o teu pensar,
que molha a minha boca,
arrepia as minhas costas
e se alonga quente pelas minhas mãos,
nos teus mamilos,
no meu sorriso,
suspiros...
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Atemporal
To
voltando pra casa com uma sensação de que esse fim de semana durou um século. Não
que ele tenha sido bom ou ruim, porque a vida não se resume a dois extremos
opostos, indispostos. Mas porque foi bem vivido, numa intensidade gostosa.
Olhares e sorrisos dançaram com lagrimas e beijos, numa calmaria gostosa, tipo
bossa nova com Rock Cássia Eller. Eu nem sei quantas horas eu usei nesses dois
dias pra ser feliz. Eu simplesmente troquei os tic tacs dos relógios... Nao.
Nao. Nem tenho relógios analógicos mais. Os que uso não tem ponteiros. Eu
troquei a pulsação silenciosa e metódica dos relógios digitais por uma batida
de velocidade mutante, mas sempre ritmada, feito um tambor mineiro no meu
peito. Eu nem sei se é possível contar esse tempo. Sei que tem gente que
reclama que o tempo corre demais, voa. Mas eu senti nessa ausência de controle,
que quando se usa o coração pra sentir o tempo, ele não tem medida. Extrapola o
rodopio terrestre, e se transforma em vida, independente da duração. A gente
que tem mania de separar noite e dia. Mas o que importa, se o que a gente vê é só
uma representação, é só o que a gente quer ver. Se pudéssemos saber o que
pensam o sol e a lua, com certeza eles riem de nossa ignorância, que apenas por
não enxergar-los, um na luz, outro no escuro, cisma por separar e fragmentar
esse todo, esse orgasmo do universo atemporal. Sem inicio e sem final.
domingo, 24 de agosto de 2014
ESTRANHO
É muito estranho ser apenas um estranho pra você
A dor do parto é sempre a parte que mais dói
E te ver partir talvez não tenha doído tanto
Quanto te ver sorrir ao lado de outro
Os beijos que outrora eram meus
As mãos que antes deslizavam sobre mim
são de outro o seu olhar,
E vai, além do mar, navegar
Além do amor,
Por outras águas, outro porto
Outras pernas a desvendar.
Vai nadar por entre braços,
pés descalços e laços apertados.
Eu jamais podia imaginar,
que a dor apertasse tanto
quando o aparte fosse inevitável
quando o aperto fosse a parte maior
desse peito vazio de você..
E eu não pensei, quando fui, quando parti
que a minha dor ainda estava por vir
no dia em que eu te visse preencher
o vão entre o peito e os seus braços
pelo tronco de alguém que não fosse eu,
por um corpo que não fosse meu.
No dia em que me tornei um estranho pra você
Foi o dia em que o seu vazio sumiu
O dia que um buraco no meu peito se abriu.
A dor do parto é sempre a parte que mais dói
E te ver partir talvez não tenha doído tanto
Quanto te ver sorrir ao lado de outro
Os beijos que outrora eram meus
As mãos que antes deslizavam sobre mim
são de outro o seu olhar,
E vai, além do mar, navegar
Além do amor,
Por outras águas, outro porto
Outras pernas a desvendar.
Vai nadar por entre braços,
pés descalços e laços apertados.
Eu jamais podia imaginar,
que a dor apertasse tanto
quando o aparte fosse inevitável
quando o aperto fosse a parte maior
desse peito vazio de você..
E eu não pensei, quando fui, quando parti
que a minha dor ainda estava por vir
no dia em que eu te visse preencher
o vão entre o peito e os seus braços
pelo tronco de alguém que não fosse eu,
por um corpo que não fosse meu.
No dia em que me tornei um estranho pra você
Foi o dia em que o seu vazio sumiu
O dia que um buraco no meu peito se abriu.
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Coincidências ou acaso? Não, apenas dança...
E de repente você começa a enxergar tantas coincidências, que você não sabe se é a vida te dando respostas ou se são seus olhos que querem encontrar seus sonhos. Os mesmos nomes, a mesma cidade. E eu sou só eu só. Mas posso ser vários. Nesse redemoinho aleatório existe a dança do acaso, ou a liberdade da improvisação é sempre feita por movimentos intencionais, mesmo que descompromissados? O cenário muda, as pessoas mudam, a música muda, a dança é outra. A gente sempre sente saudade do que foi bom. Mas continua vagando e tocando na mão de outras pessoas. Continua. Muda. Volta. Segue de novo. Mas nada é igual, quando sua mente e sua alma estão abertas ao novo. Seguir ou insistir? Já busquei essa resposta. Mas ela não tem o menor sentido, porque se ainda existir música, se ainda existir dança, significa que você pode ser e fazer o que quiser. Daí, seguir ou insistir será apenas um passo, um rodopio, galeio, salto, um trocar de mãos. E o acaso ou intenção se tornam apenas movimento e não condição. Nem tudo vai precisar de resposta quando o sentir e o fazer forem como a música que te inspira. E não o teu destino ou as tuas certezas.
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