To
voltando pra casa com uma sensação de que esse fim de semana durou um século. Não
que ele tenha sido bom ou ruim, porque a vida não se resume a dois extremos
opostos, indispostos. Mas porque foi bem vivido, numa intensidade gostosa.
Olhares e sorrisos dançaram com lagrimas e beijos, numa calmaria gostosa, tipo
bossa nova com Rock Cássia Eller. Eu nem sei quantas horas eu usei nesses dois
dias pra ser feliz. Eu simplesmente troquei os tic tacs dos relógios... Nao.
Nao. Nem tenho relógios analógicos mais. Os que uso não tem ponteiros. Eu
troquei a pulsação silenciosa e metódica dos relógios digitais por uma batida
de velocidade mutante, mas sempre ritmada, feito um tambor mineiro no meu
peito. Eu nem sei se é possível contar esse tempo. Sei que tem gente que
reclama que o tempo corre demais, voa. Mas eu senti nessa ausência de controle,
que quando se usa o coração pra sentir o tempo, ele não tem medida. Extrapola o
rodopio terrestre, e se transforma em vida, independente da duração. A gente
que tem mania de separar noite e dia. Mas o que importa, se o que a gente vê é só
uma representação, é só o que a gente quer ver. Se pudéssemos saber o que
pensam o sol e a lua, com certeza eles riem de nossa ignorância, que apenas por
não enxergar-los, um na luz, outro no escuro, cisma por separar e fragmentar
esse todo, esse orgasmo do universo atemporal. Sem inicio e sem final.
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