É tempo de encruzilhada,
de olhar para o interior,
observar as esquinas e ruelas de minha alma
do meu ser, do meu abstrato
não sei se o real existe.
É como se não soubesse se sou de mentira
se sou de verdade.
Nem sei se a verdade existe,
ou se ela é apenas a ilusão que construímos
Não consigo ter certeza de nada
Não consigo decidir qual chave abre qual porta
Nem sei se caibo em todos os lugares
Nem sei se amo todos os meus amores
Ou se odeio todos porque odeio a mim mesmo
Acho que falta coragem,
de permitir que eu seja essa Alice torta
que se agarra na porta
por medo de entrar sozinha no quarto.
Sou poeta de mim mesmo, poeta aprendiz, poeta artesão. Sou. E sei pouco. Mas sei que quero saber. Buscando sempre algo para ser. Esse blog, assim como eu demorou muito para encontrar sua identidade. E ela será com certeza mutante. Mas, ao menos será honesta. Hoje eu sou poeta!
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
sábado, 23 de novembro de 2013
Juntar os pedaços
Eu que já tinha poucos motivos para viver
agora tenho que juntar os cacos do vidro quebrado
Vou juntar os pedaços do espelho que me refletia
Vou olhar o meu rosto num mosaico de agonia
A imagem que se forma é torta desconexa
Sou um monstro a minha própria revelia
É tanto eu ia, eu ia, que acabei num pretérito imperfeito
Com um rosto cheio de cicatrizes
imagem formada pelo espelho quebrado,
por vidro remendado, por uma vida imperfeita
de um verbo engasgado
agora tenho que juntar os cacos do vidro quebrado
Vou juntar os pedaços do espelho que me refletia
Vou olhar o meu rosto num mosaico de agonia
A imagem que se forma é torta desconexa
Sou um monstro a minha própria revelia
É tanto eu ia, eu ia, que acabei num pretérito imperfeito
Com um rosto cheio de cicatrizes
imagem formada pelo espelho quebrado,
por vidro remendado, por uma vida imperfeita
de um verbo engasgado
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Uma árvore, um rio, um beija-flor
Há momentos em que você se questiona
você se sente como uma árvore
raízes fincadas ao chão
ou como um rio
são tantas margens que nos cercam.
Passamos controlados e limitados,
pelo que está a nossa volta.
Mas chega um hora que você quer desaguar
voar, transbordar.
Romper os limites,
e saborear o gosto doce do vento fresco no rosto
sentir a grama verde sob a sola dos pés
tatear todas as folhas e troncos
despertar sobre as nuvens
silenciar mirando a luz do sol
Olhar todas as ruas e esquinas desse mundo
todas as pedras e telhas, praças e parques.
Mas são tantas as forças que te limitam
você exita, não se move
ou escorre entre suas margens
repete o mesmo ciclo de cada dia
como se fosse obrigado a ser o mesmo
E repeti-lo incansavelmente, até o fim.
Seria tão mais belo se você pudesse ser também uma ave
uma flor, uma borboleta, uma fruta saborosa
E cada dia com cada cor, cheiro, altura e desejo
E amasse como quem descobre um sorriso novo
na brincadeira de criança viva e atenta.
escolha o doce que te alimenta,
e voe pelo mundo, pelo seu mundo
como um beija-flor mutante.
você se sente como uma árvore
raízes fincadas ao chão
ou como um rio
são tantas margens que nos cercam.
Passamos controlados e limitados,
pelo que está a nossa volta.
Mas chega um hora que você quer desaguar
voar, transbordar.
Romper os limites,
e saborear o gosto doce do vento fresco no rosto
sentir a grama verde sob a sola dos pés
tatear todas as folhas e troncos
despertar sobre as nuvens
silenciar mirando a luz do sol
Olhar todas as ruas e esquinas desse mundo
todas as pedras e telhas, praças e parques.
Mas são tantas as forças que te limitam
você exita, não se move
ou escorre entre suas margens
repete o mesmo ciclo de cada dia
como se fosse obrigado a ser o mesmo
E repeti-lo incansavelmente, até o fim.
Seria tão mais belo se você pudesse ser também uma ave
uma flor, uma borboleta, uma fruta saborosa
E cada dia com cada cor, cheiro, altura e desejo
E amasse como quem descobre um sorriso novo
na brincadeira de criança viva e atenta.
escolha o doce que te alimenta,
e voe pelo mundo, pelo seu mundo
como um beija-flor mutante.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
A Morte
A morte é um campo em silêncio,
flores e vento fresco sem barulho,
A morte é um instante de paz
porém, instante eterno
A morte é um campo de batalha,
onde não se ouve o som das balas
e nem o tinir das espadas
É um lugar onde vemos os corpos caídos
E o tempo não passa
É a ante sala espera de jantar
Com uma bela mesa posta
Com belos pratos dispostos a não saborear
Uma dança sem movimento
Suspiro sem respirar
A morte é a certeza de um estado de espírito
que espreita sem qualquer estar
É uma valsa imóvel
Uma história sem começo e fim
um relógio com ponteiros estáticos.
Na morte não se passa
nem para frente, nem para trás
Estaca-se
E fim.
flores e vento fresco sem barulho,
A morte é um instante de paz
porém, instante eterno
A morte é um campo de batalha,
onde não se ouve o som das balas
e nem o tinir das espadas
É um lugar onde vemos os corpos caídos
E o tempo não passa
É a ante sala espera de jantar
Com uma bela mesa posta
Com belos pratos dispostos a não saborear
Uma dança sem movimento
Suspiro sem respirar
A morte é a certeza de um estado de espírito
que espreita sem qualquer estar
É uma valsa imóvel
Uma história sem começo e fim
um relógio com ponteiros estáticos.
Na morte não se passa
nem para frente, nem para trás
Estaca-se
E fim.
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