sexta-feira, 8 de junho de 2012

Re-vel-ação


Será que essa adolescência um dia vai passar?
Se a criança dentro de mim revolucionar
E eu encontrar a saída que é passagem pro começo
O velho que se apresenta aqui vai sorrir
Serei mais um responsável de mim mesmo
Que brinca com a liberdade de brincar
E chora quando o machucado sangrar
Eu tenho medo, velho, adulto e criança
Somos os mesmos e diferentes
E na frente do espelho o tempo não para
Mas olha a corrente que você fez
Ela liberta e aprisiona
No sol ela brilha e de noite ela pesa
Mas somos os mesmos com tantas possibilidades
A criança que brincava e sorria sou eu
O mesmo velho cansado que sofreu
A corrente era passagem e era liberdade sem peso
Era fonte, era elo, era vento no rosto
Os nós eram sonhos de liberdade
Mas quando você faz questão de secar a fonte
E retira um personagem da cena
Deixa de ver no sol a luz e só enxerga seu inferno
Deixa de ver na noite o seu silêncio e só percebe solidão
O adolescente perdido se encontrou no pai e no filho
A santíssima trindade metafísica mental
A realidade te chama, essa plataforma
Cheia de coisas concretas e duras
Que só amolecem com a sua imaginação
Nenhuma pedra vira leite se não for inspiração
De onde você olha forma-se uma imagem
Sombras da criação do seu caminho
Toda pintura que se fizer
A criança, o adolescente e o velho
Juntam as três pontas dessa corrente
O mistério dos três em um
A revolta da essência, do nós autêntico
A ilusão da luz onde se pode ver
Quem é você.

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