No limite do meu impossível eu descobri o fim
Na eminencia do insuportável descobri um caminho
ainda resisti em acreditar na mudança
Mas ela se fez urgente como um casulo
Como uma casca que aperta e aprisiona
bem na hora do romper.
Na extensa agonia do não ser eu percebi
Que o ser não tem limites
não pode ter limites, senão definha
E eu devia ter me ouvido antes
Mas fui surdo de medo de mim mesmo
E agora pareço uma borboleta em seus primeiros voos
Bato as asas desengonçadamente
Tropeço nos golpes de ar
Me desespero por voar
às vezes sem saber para onde ou por quê.
Na evidencia de um descaminhar eu me perdi
para depois me encontrar,
Como uma preguiça agarrada a um tronco,
Eu fui sacudido por um predador milenar
Daqueles que não poupa ninguém
E eu quis ser um beija-flor em seu frenesi
Batendo as asas compulsivamente, desesperadamente
Em busca de todas as cores e néctares do mundo
E na tolerância de quem vê o tempo passar sem perceber
Meu rosto se fechou, franziu, embruteceu
Na esperança de uma alegria, de um bem estar estável e duradouro
Voei pra longe de tudo que incomodava
Nas águas do incompreensível nadei
mergulhei bem fundo, e remei pra bem longe
voando pelo mar, nadando na ventania
querendo me livrar de toda e qualquer agonia.
Mirei no horizonte, como um beija-flor mira em uma flor
E um peixe na isca, e se arrisca.
Sou poeta de mim mesmo, poeta aprendiz, poeta artesão. Sou. E sei pouco. Mas sei que quero saber. Buscando sempre algo para ser. Esse blog, assim como eu demorou muito para encontrar sua identidade. E ela será com certeza mutante. Mas, ao menos será honesta. Hoje eu sou poeta!
quarta-feira, 28 de maio de 2014
terça-feira, 20 de maio de 2014
Psiu - poesia para Silvia Gommes
Psiu,
Viu?
Vai
Mas volta
Em silêncio te esperamos
E víamos o Sol
Enquanto você passava por nós
Como uma nuvem guiada pelo vento
E soprava sobre nós o seu canto
Encanto
E se via e ouvia
Mas não se acreditava
No assobio de voz
Que assombrava até o mais brado dos silvos
E sabia ser doce
E atroz
Pois é Silvia
Sem nós e temores
Somos nós teus amores
Ouvintes
Cantantes
Delirantes
Silvana entre os deuses
De cachoeiras e campos
Cantante das Gerais
Leva teu sopro bem além das montanhas
E irradia seu cantar
Psiu ia e ouvia,
Sil, via?
Veja além
É Silvia Gommes
Deusa melodia
Cantora da alegria
Desses cantos de Minas.
segunda-feira, 19 de maio de 2014
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
Você é minha clave de Sol
E se Fá sentido, Só a Mi importa
Me sinto Solto
Mas sua falta me Dói
E Dó Ré Mi Faz Sol
Sou Livre
Mas Lá, lá no fundo
Preciso do Si
Do sincero ser
que faz minha vida enSolarar
E Si Réalinhar, não é pra qualquer um
É só pra quem ama
E faz da vida uma música
Cheia de notas e acordes
E chama de meu amor
Uma clave de Sol
Ou de Fá
sexta-feira, 2 de maio de 2014
Sou do samba
Quem samba sabe que o som do dia é o samba
E quem sabe samba esse som da hora
E se não sabe sonha
E se sonha, samba!
Sabe como é né?!
E quem sabe samba esse som da hora
E se não sabe sonha
E se sonha, samba!
Sabe como é né?!
Bom dia procês, que hoje acordei virado no Adoniran
E Dona Zica disse que se Noel desse jeito
Ela pega o o seu Cartola e se Candeia pelo mundo afora
E eu caio no samba com ela, até ficar com a perna bamba!
Ela pega o o seu Cartola e se Candeia pelo mundo afora
E eu caio no samba com ela, até ficar com a perna bamba!
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