Eis um hóspede em minha casa,
deitado em minha cama.
Fecha a cortina e se esconde do sol
Não abre os olhos, não mexe os olhos
Ele possui olhos?
Talvez dormindo ele desperte
Talvez o sonho seja, o que ele precisa.
Que ele olhe através dos sonhos e se veja.
Boceja, boceja.
Existe um ócio em minha alma
E na calma ele foi ser
Um estranho inóspito sem pressa de viver
Foi parar o relógio de crescer,
mas até isso ele esqueceu de fazer.
Existe um sono na minha sala
E um dia ele foi sonho,
mas enquanto dormia, cansou de ser
Quando ele acordar, não se lembrará
O tempo não será preciso, será incerto
E não saberá em que tempo está
Conjugou o verbo errar e deitou-se
Deitará?
A fim de ver o que jamais percebia
ele dormia, e só dormia.
Dormiu.
Ele não viu, não via
Mas em seu sono ele ouvia,
Havia sempre alguem que dizia
Que um sonho em si só não cabia,
Era preciso acordar, para encontrar mais sonhos
Porque um sonho só tem um fim, se for em vida.
E um sono sem fim, não servia!
Sou poeta de mim mesmo, poeta aprendiz, poeta artesão. Sou. E sei pouco. Mas sei que quero saber. Buscando sempre algo para ser. Esse blog, assim como eu demorou muito para encontrar sua identidade. E ela será com certeza mutante. Mas, ao menos será honesta. Hoje eu sou poeta!
sexta-feira, 29 de abril de 2011
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Um desabafo
Hoje nada do que eu tenho tem valor
porque eu senti a dor
a dor daqueles que perderam seus filhos
a dor dos filhos que perderam suas vidas
A única coisa que me resta é a vida
mas ela se tornou um resto
um resto de qualquer coisa
diante desse mundo vazio
vazio de amor,
vazio de carinho,
vazio de respeito
Hoje o que me resta é a dor,
porque do resto, nada presta
Quero acreditar no amor
mas por hoje eu me perdi na dor.
Que as vítimas da Escola em Realengo estajam bem e em paz, protegidas, aonde quer que estejam. A vocês dedico minha dor!
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